Prosseguem a contemplar tênis gastos de pó, estagnados entre um ladrilho quebrado coberto por uma tábua de madeira de lei e um vício qualquer, presos a vermelhidão eminente hipnoticamente usufruida com deleite. Um passo em falso em meio à música eloqüentemente surda, joelhos de volta aos ladrinhos de cevada, mões auxiliadoras procurando sítio por entre os vícios jogados pelo chão, as unhas roídas com esmalte negro por sair impregnadas. Um puxão na saia preta curta de couro e sapatos vermelhos nos ladrinhos de cevada. Azul nas luzes, unhas roídas com esmalte negro por sair desgrenhando o ruivo. Sapatos vermelhos prosseguem. Os gastos de pó ao longe observa, tímidas costeletas que se movem com a surdez, botões despreocupados pulsando tranquilamente. Sapatos vermelhos. Do bolso esquerdo da calça, um fumo e um fogo, e a fumaça displicente dissipa-se a cima dos cachos irregulares sobre a testa. Vermelhos prosseguem. A saia preta curta de couro balança uniforme ao fumo nos gastos de pó. O vermelho mais rápido na cevada, os botões mais rápidos no pulsar despreocupado, o rímel mais rápido nas bochechas, a fumaça mais rápida nos cachos irregulares sobre a testa, as unhas roídas com esmalte negro por sair mais rápidas na impregnação, as alças mais rápidas no cair sobre os ombros, as golas mais rápidas no levante, mais rápido na estagnação do momento eternizado e viril.
- Oi.
(continua...)

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