terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Pertencer

Toda a minha coragem de utilizar a conjugação desse texto em primeira pessoa e uma terceira pessoa sem definição alguma.
Eu não pertenço. Pergunto-me inúmeras vezes se algum dia pertenci. Sinto-me como algo sem significado em um lugar sem pudor.
Não pertenço as almas ao meu redor, não pertenço ao espaço que eu ocupo, não pertenço aos devaneios do meu ser.
Eu não pertenço. Algum dia, pensei pertencer as almas que me rodeiam, mas não, eu não pertenci. não pertenci das janelas abertas entre abraços, não pertenci dos sons tocados na peculiaridade, não pertenci segundos antes de perder suas maravilhas. Não pertenci. Eles perteceram a mim, com toda a certeza.
Mas eu não pertenci a eles. Não pertenço. Não pertenço aonde estou, afinidade a beira de um abismo. não pertenço nem mesmo a essas palavras que digito.
pertenço então a que? Acho que pertenço somente a mim, e a mais nada. Uma perspectiva infeliz e egoísta, e na realidade, falsa. Porque não pertenço a mim.
Pertenço à mim em você, pertenço as almas, ao espaço e aos devaneios quando pertenço à você. você me faz pertencer ao mundo e você me pertence. só você.

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